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Peça tragicômica, escrita e encenada por Caio Blanco, traz para o centro do palco a  ansiedade impregnada na sociedade contemporânea


Órion


ou um quase-monólogo sobre a ansiedade com a direção de André Leão, estreia dia 02 de março no Teatro Commune


Por Sacso Brasil   

05/02/2024 11h50 - Atualizado em 05/02/2024 11h55



Crédito: André Leão


É latente falar sobre a ansiedade no século XXI (21). Em um mundo no qual tudo se deseja e nada parece contentar nossos anseios, a população global tornou-se refém da ansiedade e da depressão paralisantes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em pesquisa divulgada no primeiro semestre de 2023, o Brasil é o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo.

 

Com texto e atuação de Caio Blanco, Órion - ou um quase-monólogo sobre a ansiedade parte de histórias quase autobiográficas levadas ao exagero impactante. A peça tragicômica revela a busca de um ator-ansioso por sua espontaneidade perdida - um homem sem carisma e sua psiquiatra caminham juntos por pensamentos obsessivos, refletindo sobre temas complexos para, através de humor e de desespero ácidos, tentar responder a questões fundamentais da sociedade contemporânea: a burrice institucional, a harmonização facial e, claro, a vida secreta dos cachorros.

 

Durante esta jornada, a narrativa passeia por temas como o luto, a depressão, o malefício das redes-sociais para a saúde mental e a dificuldade das relações humanas em um mundo cada vez mais líquido.

 

Nesse sentido, o espetáculo fornece uma plataforma para que o público reflita sobre suas próprias experiências com a ansiedade, ajudando a criar uma comunidade de apoio e de solidariedade em torno do tema e permitindo que as pessoas se sintam menos sozinhas em suas lutas pessoais.

 

Com direção de André Leão, Órion alterna sonilóquios poderosos e trocas sagazes com a atriz Priscilla Olyva, que desempenha diversos papéis durante a encenação. O objetivo é misturar as linguagens do teatro, do audiovisual e do stand-up comedy. A quebra da quarta parede e a conversa franca e direta com o público também é utilizada durante a encenação. Elementos audiovisuais passeiam ao fundo enquanto a peça desenrola-se pelo palco.


Escolhas não-tradicionais de uso das tecnologias de luz e de letterings vão fornecer a Órion um ar de vídeo que poderia estar presente em redes-sociais - artefato metalinguístico utilizado justamente como crítica à liquidez das mídias, que faz aumentar a ansiedade.


A quebra da fé cênica durante a interpretação do ator deixa a plateia em dúvida sobre o que é real e o que é teatro, sobre o que é espontâneo e sobre o que foi ensaiado. Aqui, mais uma crítica é emoldurada: qual parte de nós, em um mundo de aparências, é verdadeira ou apenas fingimento?

 

Órion é, talvez, uma das constelações mais populares no mundo todo. Por estar repleta de estrelas brilhantes pode servir como guia, assim como a peça pode ser um caminho importante para que muitos que sofrem de ansiedade ou outros transtornos possam encontrar uma saída ao verem que não estão sozinhas. “Mais uma vez, não devemos subestimar o poder sensibilizador da arte”, conclui Caio Blanco sobre o projeto.

 

Sinopse


Nesta peça, um homem sem carisma e sua psiquiatra caminham juntos por pensamentos obsessivos e pelos labirintos da ansiedade patológica para, através de humor e de desespero ácidos, tentar responder a questões fundamentais da sociedade contemporânea: burrice institucional, harmonização facial e, claro, a vida secreta dos cachorros.

 

Serviço


Órion - ou um quase-monólogo sobre a ansiedade

Texto: Caio Blanco

Direção Artística Geral: André Leão

Co-direção, direção de movimento e preparação corporal: Hanna Perez

Elenco: Caio Blanco e Priscilla Olyva

Figurino: Cy Teixeira

Iluminação: Nicolas Caratori

Música e trilha sonora: João Sposaro

 

Gênero: Tragicomédia

Recomendação: 14 anos

Duração: 80 minutos

 

Estreia: dia 02 de março

Temporada de 02 a 31 de março. Sábados às 20h | Domingos às 19h30

Não haverá espetáculo no dia 30/03

 

Ingressos: R$ 60 inteira / R$ 30 meia

Online: https://www.sympla.com.br/evento/orion-ou-um-quase-monologo-sobre-a-ansiedade/2280406

 

Teatro Commune | 100 lugares

Rua da Consolação, 1218 - São Paulo - SP

Tel: 3476.0792

 

Metrô Higienópolis Mackenzie. Ar-condicionado, cafeteria, acessibilidade, estacionamento ao lado.

           

Caio Blanco é ator, roteirista, escritor publicado e advogado formado pela Universidade de São Paulo em 2012 com especialização em Marketing pela Universidade de Leeds, no Reino Unido, em 2013. Concluiu em 2022 o Professional Acting for Film and TV na T. Schreiber Acting Studio, em Nova Iorque.

 

Possui mais de 15 anos de experiência nos palcos paulistanos, tendo passado por importantes grupos de teatro como "Teatro do Incêncio", sob a direção de Marcelo Marcus Fonseca; o "Núcleo de Artes Cênicas", de Lee Taylor; Cia de Teatro "Os Satyros", sob a direção de Ivam Cabral e Rodolfo Vazquez.

 

No cinema, estreou os curtas "As Piadas Infames de Aníbal", de Cadu Machado - que percorreu diversos festivais de cinema nacionais e internacionais, incluindo o New York Denouement Film Festival - e o curta "Ouija", de Marcelo Galvão, ganhador de diversos prêmios, incluindo melhor roteiro e melhor direção no Prêmio SESI de curta-metragem.

 

Em 2019, estreou o quadro "Deu Blanco" no programa "Papo de Segunda", ao lado de Fábio Porchat, João Vicente, Emicida e Chico Bosco. Desde 2018, possui um canal no Instagram e no Youtube abordando temas políticos e sociológicos sob o prisma da arte e do humor, reunindo uma base de cerca de 70.000 seguidores.

 

André Leão é Diretor e Montador Cinematográfico - DRT: 09140/SP com formação em Comunicação Social – Jornalismo pela PUC-Campinas e em Cinema pela NYFA-Nova York e AIC - São Paulo. Tem em seu currículo o curta-metragem Cinemaginação (2018), ganhador do primeiro Festival de curtas de Jundiaí por júri e público, e o curta-metragem A Provação (2020), finalista brasileiro no concurso latinoamericano Faciuni Becas.

 

Em 2021 fundou a Vienna Filmes, onde dirigiu e montou a versão audiovisual do espetáculo musical brasileiro Bom Dia sem Companhia (2021), de Vitor Rocha e atualmente também produz a série documental Lar e o documentário Fonemol como fim e como meio, em parceria com Sesc-Sp. No exterior, atuou na equipe de câmera e pré-produção do longa-metragem internacional Bloat, gravado em Nova York (2022).


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